
Educação global
Educação global
Eduardo Carvalho, Harvard Fellow, diretor da ABA Global Education
As pessoas devem estar preparadas para um mundo onde as oportunidades de sucesso requerem habilidades para a competição e colaboração globais. Os projetos de consultoria, os diagnósticos médicos e as operações financeiras, por exemplo, são algumas das atividades que podem ser realizadas a partir de outros países. A globalização intensificou-se nessa última década com as redes sociais, a internet e o desenvolvimento de plataformas virtuais. A transnacionalização das empresas foi marcante, assim como o processo de fusão que criou megacorporações com investimento de fundos.
Algumas nações avançaram em acordos comerciais transnacionais. Ampliou-se o processo de inovação, produção, venda e distribuição. As causas ambientais passaram a ser muito mais foco das discussões globais. O sistema de informação global foi ampliado e aperfeiçoado e possibilitou a comparação do desempenho das nações através de inúmeros indicadores.
O resultado foi uma grande transformação social, política e econômica que impacta as relações pessoais e as transações comerciais. A circulação de ideias, pessoas, mercadorias e capital ao redor do mundo foi acelerada. Redes internacionais de conhecimento foram criadas. Compreender a globalização, os seus fundamentos e as implicações é a chave para reconhecer e responder às pressões do mundo dos negócios e da competitividade entre as nações. Esse processo resultou num aumento significativo da competitividade global.
O cenário requer que a nação seja inovadora em escala global; invente tecnologias, sistemas, produtos e serviços competitivos no mundo. É a realidade de Cingapura, da Suíça, dos EUA, da Holanda e de outros países que lideram os rankings de competitividade global e inovação.
Ações dessa natureza geram renda per capita de país desenvolvido.
O mundo aumenta a demanda por habilidades de alto nível, o que pressupõe, sobretudo, um modelo educacional para preparar o aluno para Think, act and interact beyond the borders (Pensar, agir e interagir além das fronteiras), tornando-se Globally competent. O processo requer que o aluno aprenda a compreender o mundo; analisar os cenários; comunicar as ideias para diversas audiências; e agir/atuar, transformando as ideias em ações inovadoras para melhorar/solucionar os problemas globais.
Ele ocorre em escolas conectadas com o mundo, que desenvolvem as habilidades do século 21, das inteligências múltiplas, do domínio de outros idiomas, fundamentalmente o Inglês. Assim, o aluno poderá pesquisar sobre as referências e os modelos além das fronteiras e desenvolver projetos em parceria com redes internacionais.