Líder consciente

Abaixo artigo publicado no Jornal do Commercio em 06 de maio de 2016, escrito por Eduardo Carvalho, Diretor da ABA Global Education.

Líder Consciente

Todo comportamento tem origem na consciência do ser humano, os tais modelos mentais. Essa consciência e a capacidade de escolha são a essência da responsabilidade, da dignidade e da liberdade.

Ganhe ou perca, o homem sábio, como o chama o Bhagavad Gita, está sempre disposto a aceitar o que lhe traz o destino e continuar aprendendo. Para operar dignamente, precisamos manter a consciência dos valores. O aprendizado mútuo ocorre quando a pessoa evolui a consciência e considera os pressupostos: a existência da possibilidade de que esteja equivocado; a contribuição individual para uma solução coletiva; os erros como oportunidades de aprendizado.

As rotinas defensivas causam estragos em toda organização. Conduzem a manipulação de informações, evitando a descoberta dos erros e das fraudes, sem o interesse em solucionar os problemas. As interações se tomam paranoicas. Esse tipo de relação implica em enfrentamento; e o sistema cai numa paralisia depressiva, que faz com que erros aumentem e se intensifiquem. Resultado: faz-se necessário realizar esforços ainda maiores para ocultar tais erros, segundo Chris Argyris, professor de Harvard.

Esse processo leva o líder a ter impulsos emocionais e “pôr a língua em movimento antes de pôr o cérebro em funcionamento”. Quando a pessoa acredita que a sua opinião é a única verdade, o objetivo do bem-comum toma-se impossível de acontecer. Manter em silêncio os juízos tóxicos nos evita problemas.

O líder precisa ter um elevado nível de consciência, comprometer-se a deixar uni legado. A aceitação da liderança pelos cidadãos de um país constitui na única esperança numa crise. Se esse princípio for violado, o líder deve ter a consciência e dignidade em renunciar à função para não causar danos irreparáveis à nação.

Eduardo Carvalho, diretor da ABA Global Education