Crianças e Tecnologia: Como construir uma relação saudável com os dois
O uso correto da tecnologia na infância é, de fato, um verdadeiro desafio. Os nascidos digitais parecem ter habilidades natas para lidar com a comunicação online e com as diversas ferramentas que a tecnologia traz para o nosso dia a dia, fazendo com que seja difícil separar as crianças das telas.
De acordo com uma pesquisa feita pela revista Crescer, quase 40% das crianças de até 2 anos já possuem um aparelho digital, como o tablet e o smartphone. Por outro lado, para os pais, no entanto, que nasceram e cresceram em um contexto completamente diferente, as coisas podem não ser assim tão fáceis.
Os números são alarmantes, mas será que eles são necessariamente ruins? Para discutir a associação entre crianças e tecnologia, escrevemos esse artigo. Entenda!
Entendendo a relação entre crianças e tecnologia
A tecnologia está na vida das crianças, isso é um fato inegável. Embora muitos sejam inclinados à proibição de dispositivos tecnológicos, esta não é uma alternativa possível, e muito menos a mais indicada. A verdade é que, ao contrário do que diz o senso comum, os aparelhos tecnológicos ocupam papel importante na socialização e realização de tarefas cotidianas.
Para isso, os pequenos devem receber uma orientação adequada. Precisam desde cedo aprender a evitar os pontos negativos e a se desenvolver aproveitando todas as potencialidades do mundo novo que, sem dúvidas, é tecnológico.
Aliás, embora o movimento por uma vivência mais offline esteja ganhando cada vez mais força, retirar da criança a possibilidade de crescer em um ambiente tecnológico é torná-la despreparada para futuros desafios pessoais e profissionais.
Sendo assim, que tal entender como deve ser uma relação saudável em cada fase da vida? Confira:
Primeira infância
Até os 3 anos, o uso de smartphones e tablets deve ser amplamente monitorado pelos pais, que além do conteúdo, devem atentar também ao tempo de exposição às telas. Assim, ideal é que a criança utilize o equipamento como forma de desenvolver sua cognição, por meio de jogos e atividades próprias.
O problema, nesse caso, acontece quando a tecnologia passa a ser uma condição para que o bebê coma, durma, efetue atividades do dia-a-dia, substituindo experiências fora da tela.
Segunda infância
Durante esta fase da vida, que vai até os 6 anos, o uso da tecnologia se torna mais intenso. Entretanto, também é o momento em que ela mais ajuda o indivíduo a desenvolver suas habilidades e aprendizado, uma vez que a criança vive uma período ativo de descobertas.
Assim, pais e escola devem estimular novas descobertas na criança, bem como a interação com sons, palavras, letras e números. Isso pode ser feito por meio de jogos, desenhos, entre outros.
Pré-adolescência
Aqui, a tecnologia passa a ter uma importância muito mais social. Isso porque, é nesta fase que a criança utiliza as ferramentas como meio de se comunicar com seus próximos, inclusive amigos, através das redes sociais.
O monitoramento por parte da família deve permanecer, assim como o estímulo ao aprendizado autônomo que a internet proporciona. Estabelecer limites e ensinar boas práticas é fundamental para que as crianças possam desenvolver autonomia e consciência, à medida que crescem.
Os limites do uso da tecnologia
É preciso atentar-se, entretanto, quando o uso de tecnologia se torna abusivo e desencadeia sinais de alerta, como por exemplo: falta de concentração, o maior nível de ansiedade e o isolamento.
Dessa maneira, existem formas com que os pais podem contribuir para um uso saudável da tecnologia, como por exemplo:
- Definindo horários permitidos e proibidos;
- Promovendo diálogo e aproximação com as crianças;
- Utilizando filtros de segurança para conteúdos impróprios;
- Estabelecendo que o uso da tecnologia deve ser feito em espaços comuns, não apenas no quarto, longe da supervisão de adultos;
- Dando exemplos de aplicação das regras estabelecidas.
Como a escola pode ajudar?
Com a celeridade do movimento tecnológico, cada vez mais escolas dispõem de tecnologias diversas e, justamente por isso, seu papel é conduzir o uso da tecnologia de forma crítica, beneficiando o aprendizado das crianças e raciocínio lógico. Assim, a tecnologia em sala precisa estar sempre estruturada dentro de um projeto pedagógico maior.
Algumas instituições de educação já estão ligadas e apostam em projetos mais inovadores, buscando trazer realidades já presentes em outros países, como o ensino de programação e linguagens computacionais, promovendo o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sócio-emocionais e de raciocínio lógico.
Quer um exemplo? O ensino de Pensamento Computacional traz conceitos de computação, robótica e internet das coisas para uma aprendizagem divertida e que aproveita o máximo potencial do aluno. Com isso, o estudante desenvolve múltiplas habilidades e exercitam a sua comunicação oral e escrita, a sua liderança, e até mesmo o empreendedorismo.
Aliás, tudo isso pode ser uma realidade em escolas perto de você. Na Global School, pensamento computacional e empreendedorismo fazem parte do currículo! Que tal levar isso em conta na hora de escolher a melhor instituição de educação de seu filho? Dessa maneira, você prepara o pequeno para a vida em sua completude – acadêmica, profissional e pessoal.